Todos os membros do Conselho do Patrimônio Histórico Tricordiano apresentaram um pedido conjunto de exoneração de seus cargos nesta quinta feira. A carta demissão considera vários aspectos justificando o ato, que segundo eles, impossibilitavam o desenvolvimento de seus trabalhos. No período em que estiveram na função, realizaram atividades na política de preservação, que dobrou a pontuação junto ao ICMS Cultural para 8,3 pontos e com isso, aumentando o repasse de verba para o exercício de 2013.
O desgaste do Conselho praticamente teve início quando da derrubada do casarão da familia Avelar na Av. Pres. Getulio Vargas e os fatos que decorreram a partir dai. Diferente de outras épocas, quando alem de outras atividades, o Conselho era responsável pelos imóveis tombados, hoje está sendo cobrado de responsabilidade em qualquer intervenção e ou demolição de imóveis inventariados na cidade e por isso sofrendo várias pressões da parte de interessados.
Estamos, portanto, sem um Conselho que, pelo menos, tentava segurar, um pouco, a sanha construtora de certos tricordianos, que não enxergam nada além de novos prédios (e seus lucros com aluguéis) em detrimento de nosso passado que, desaparece com muita rapidez.
Existe, inclusive, tradicional casarão comprado na Praça do Parque Infantil, que deve logo ser transformado em prédio de 12 ou 15 andares, inclusive com parte comercial. Nossos netos conhecerão muito pouco de nossa arquitetura do século XX se continuarem as demolições apenas com sentido financeiro.
